terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O que dizer da dor que sentimos quando não chegamos nem ao menos sentir o cheiro de uma vitória. O que dizer de uma batalha, que lutamos sentindo que não vamos ganhar. Não há nada a dizer, talvez o gosto não seja o mesmo a todos, mas só quem sente em si próprio a dor de errar, cair, se machucar,  e não conseguir é que entenda o que eu quero dizer com essas simples palavras. E o que fazer em uma situação dessas? Eu também não sei. Alguns dizem que é melhor parar, outros que não devemos desistir. Mas o que é a desistência? Nem ao menos nos sabem explicar. Creio que ninguém desista, mas sim, cada um escolhe um outro caminho, uma outra opção em que se sintam capazes de realizar. Dizem que devemos insistentemente bater na mesma porta, que um dia ela abrirá. Mas, e se nao abrir, e se simplesmente nunca acontecer nada, o que fazer? Eu também não sei, acho que ninguém sabe. Como explicar o que pode ou não acontecer? Ninguém até hoje foi capaz de prever isso. E o que no final de tudo é a dor que sentimos? Eu também não sei, isso só se sente. Mesmo assim, não se sinta derrotado, na vida sempre há outra maneira de chegar aonde se deseja. Mas que maneira é essa? Isso só voce pode responder. Cada um encontra sua maneira de se sobressair, e encontrar novamente forças para bater na porta, mesmo com a dúvida de que talvez nunca aconteça nada. Assim é a vida, uma insistente batalha, travada por vezes, contra nós mesmos, contra nossos próprios medos de não sermos quem queremos ser. Mas e quem disse que existe fórmula de existência e de que maneira deveremos ser ou nos transformar? Cada um é da maneira como consegue ser e ninguém pode te dizer que você está errado.

Elizabeth Nardi

Um comentário:

Pólux disse...

"Quando tá escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar
Há uma luz no túnel
Dos desesperados
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar
Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar...
Uma noite longa
Pra uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar..."

Sempre que penso nisso que você escreveu, lembro-me de minha mãe... Foi uma lutadora, alguém que caiu e se levantou dezenas de vezes na vida e, sempre que se levantava, era com um sorriso de esperança no rosto. Às vezes, de onde menos se espera é que vem a luz no fim do túnel, e a esperança se renova, e tudo passa novamente a ter cor e luz e vida. E é assim que se renova nossa missão mais importante: estamos aqui para trazer felicidade aos outros e, se pudermos ainda minimizar a dor de alguém, estaremos salvando a humanidade toda nesse gesto.
Por isso, acredito que você alcançará seu objetivo, pois seu espírito, além de guerreiro, é nobre. Logo será a médica Beti, logo estará naqueles lugares a ajudar as pessoas... Um beijo!